CENÁRIO DE MERCADO
A saída mágica encontrada pra conter a série de atropelos constitucionais até ontem tende a favorecer o ciclo de reformas no Brasil e consequentemente, o corte de juros mais profundo por parte do COPOM.
Com isso e seguindo a tendência internacional, podemos observar um mercado positivo no Brasil, com retorno nas taxas de juros, no dólar e demanda por maior risco. A abertura na Europa e futuros em NY continua positiva, na expectativa da reunião do BCE e o fechamento na Ásia foi influenciado pela melhora de indicadores chineses.
O petróleo abre positivo, porém por conta na queda dos estoques brutos da commodity nos EUA e não pela decisão de corte de produção da OPEP, onde atualmente seus membros aceleraram o processo ao invés de reduzi-lo.
Rendimento dos US Tresuries em queda na abertura, com alta do dólar contra a maioria das divisas centrais.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Os investidores aguardam ansiosos por uma decisão do BCE em incrementar os estímulos da Zona do Euro, dada a situação ainda frágil do bloco, da questão dos refugiados e do novo contexto político americano.
Obviamente, pode surgir uma frustração, pois as garantias de que o BCE anunciará algum pacote de estímulos hoje é incerta. A China apresentou queda no saldo comercial, porém como resultado das importações acima das expectativas, mas também das exportações em alta, quando se projetam quedas para ambos.
O Japão apresentou um PIB abaixo das expectativas e no Brasil, o IPC-S manteve a linha recente de contração, com alta de 0,13%.
CENÁRIO POLÍTICO
Uma série de atropelos. Foi o que vimos nas instituições brasileiras nos últimos dias. O pedido do ministro Mello contra Renan era constitucionalmente contestável por ser feito sem passar pelo plenário do STJ, ou seja, monocrático.
Somente este fato feriria a independência entre os poderes, mas a resposta, entretanto, foi a pior. O senado resolveu seguir Renan e não acatar uma decisão do supremo, que deveria ter sido formalmente contestada dentro do rito legal, o que inclusive favoreceria Renan.
Passado isso, em nome de uma harmonia entre os poderes, da governabilidade e de modo a corrigir uma série de atropelos, o supremo cria uma jabuticaba e libera Renan, somente o retirando da linha sucessória, na eventual falta do presidente.
A tendência é positiva para a economia brasileira, para a aprovação das medidas necessárias às correções dos erros do mandato anterior, mas como na liberação da ex-presidente se candidatar mesmo sofrendo impeachment, a constituição brasileira tem sido mais golpeada do que saco de pancadas velho. Dia triste para o Brasil
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,41 / -0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,028%
Dólar / Yen : ¥ 113,92 / -0,088%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,757%
Dólar Fut. (1 m) : 3437,48 / -0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 11,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 11,59 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 21: 12,06 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 25: 12,36 % aa (0,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,10% / 61.088 pontos
Dow Jones: 0,18% / 19.252 pontos
Nasdaq: 0,45% / 5.333 pontos
Nikkei: 0,74% / 18.497 pontos
Hang Seng: 0,55% / 22.801 pontos
ASX 200: 0,91% / 5.478 pontos
ABERTURAS
DAX: 1,338% / 10919,46 pontos
CAC 40: 0,966% / 4676,70 pontos
FTSE: 1,356% / 6871,80 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 61275,00 pontos
S&P Fut.: 0,054% / 2211,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,052% / 4789,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 88,19 ptos
Petróleo WTI: 0,29% / $51,08
Petróleo Brent:0,28% / $54,08
Ouro: 0,24% / $1.172,69
Aço: 0,00% / $615,50
Soja: 0,45% / $20,02
Milho: -0,71% / $348,50
Café: -1,60% / $139,40
Açúcar: 0,41% / $19,62